O terno, com certeza, é a peça mais antiga do guarda-roupa masculino que permanece viva até hoje. Talvez por isso seja uma das que mais se renovam com o passar dos anos.
O crédito do que hoje conhecemos como moda masculina vem do rei Luís XIV, que ditou moda em Versailles no século XVII. Foi a partir daí que a profissão do alfaiate se tornou importantíssima e respeitada. Nessa época, o terno era composto por um casaco mais longo, o colete e o culote. Os três apareciam na mesma cor, o que era uma novidade e criava uma harmonia desconhecida até então.
Mesmo assim os trajes masculinos ainda eram intensamente bordados e trabalhados, como uma forma de distanciar as classes sociais. De lá para cá, o terno foi se ajustando e se adaptando ao dia a dia do homem tal como conhecemos hoje, tornando-se uma peça essencial e, para muitos, até obrigatória.
REPRODUÇÃO
Nos anos 1950, logo depois da Segunda Guerra, quem ditava moda eram os galãs de Hollywood e os melhores ternos vinham de Londres e não mais de Paris. O material mais comum para a construção do terno era a lã, e sua modelagem era totalmente reta, sem cintura, e mais larga do que vemos hoje em dia. O fechamento ainda era transpassado, com quatro botões.
O terno só começou a se tornar acinturado nos anos 1970. Com a febre Disco e a influência forte do rock’n’roll, as formas chegaram mais perto do corpo para se adaptar ao novo lifestyle dos homens. Os tecidos ficaram mais leves e as cores fugiram do preto. Foi uma época em que o terno deixou de ser visto com tanta seriedade.
Já nos anos 1980, a roupa masculina caminhou alguns passos para trás. A forma voltou a se alargar e a modelagem ficou mais quadrada. Ombros maiores, mais tecido e menos cor. O terno voltou a ter cara do escritório, sob medida para o trabalho.
FOTOSITE
Foi só no final dos anos 1990 e começo dos 2000 que o terno voltou ao centro das atenções na moda masculina. Como resultado, novas versões surgiram. A cintura voltou a ser mais ajustada e a gama de cores aumentou, assim como as opções de fechamento. O homem passou a ter menos medo de ousar. E a situação se inverteu. Se antes a mulher buscava uma silhueta masculina para impor respeito, agora o homem copiava a silhueta feminina para conseguir se modernizar. Estilistas com Raf Simons e Hedi Slimane foram pioneiros do “skinny” nos looks masculinos.
Desde então, o foco sobre a moda masculina só aumentou. Revistas, blogs e marcas inovadoras nascem a cada segundo, provando que o traje masculino pode, sim, evoluir ainda mais. Vamos esperar para ver! Semana que vem mandarei notícias direto de Paris. Até lá!
Espinha de peixe
A lã espinha de peixe, também conhecida como Chevron, ganhou esse nome porque de fato lembra uma espinha de peixe. Normalmente a trama e o urdume são de cores diferentes, formando um padrão em ziguezague. Quando feita a mão, lembra quase um tweed. Esse tipo de lã é muito usado em casacos e blazers de inverno e também na tapeçaria.
Reprodução: Internet
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