quinta-feira, 17 de março de 2011

A história da vitrine


A história da vitrine remonta o Império Romano, onde já havia lojas em salas retangulares, tendo ao fundo um mezanino como moradia do lojista. Naquela época, já havia a preocupação em expor os produtos em prateleiras e surgiam os primeiros esboços de um shopping center, como o Mercado Trajano, do século II D.C., que tinha seis andares e 150 lojas, organizadas a partir dos produtos que vendiam. Com o fim do Império Romano e a chegada da Idade Média, as lojas praticamente desapareceram, passando o comércio a ser feito em feiras. Foi só na Renascença que o comércio em lojas floresceu novamente, devido à era do Mercantilismo. Os joalheiros e artesãos criaram um tipo de vitrine para expor seus trabalhos, uma versão antiga da vitrine. No século XIX, com a Revolução Industrial, as lojas se proliferaram por toda a Europa e as palavras “vitrine” e “decoração” passaram a entrar em uso. Em 1850, apareceram as primeiras "bonecas de moda", feitas em porcelana e couro. Elas desapareceram quando as manequins, simulando figuras humanas tomaram o seu lugar. Foi no período da Rainha Vitória (1832-1895) que surgiram as vitrines como são hoje: janelas mostrando a mercadoria ao público passante. A partir de 1852 apareceram as primeiras lojas de departamentos em Paris, com vitrines chegando ao nível da rua. As pessoas saíam de casa "para ver vitrines". Os manequins eram feitos com mais de 100 quilos de cera – no verão derretiam, e no inverno, rachavam. Aliás, atribui-se aos franceses como pais da evolução das vitrines, cuja palavra vem do vocabulário francês (em português, o certo seria vitrina). Desde então, além de produtos e ofertas, elas exibem também mudanças de costumes, avanços da tecnologia e reflexos do tempo em que se vive. Na virada para o terceiro milênio, ganham mais arte, mesmo que a loja esteja se convertendo na própria vitrine, como acontece nas “open store”.

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