A Origem das Golas - Gola Polo

Poucas pessoas devem parar para imaginar a origem das golas. Sim, da gola das nossas camisas do dia a dia. O assunto até parece meio inútil, mas é bem interessante. Para chegar ao modelo que usamos atualmente, a nossa simples gola sofreu inúmeras variações.

Tudo começou no século XVIII. A gola era uma espécie de chemise (anágua) usada sob as roupas. Elas eram muito utilizadas na Espanha e na França. Naquela época as pessoas não tinham muito afinidade com a água, acreditem, elas passam semanas sem tomar banho, só trocando de chemise.

No século seguinte, as chemises foram engomadas e plissadas até darem origem ao chamado rufo (aquela gola enorme que vemos muito nos filmes de rei e rainha). A lógica era a mesma: o rufo protegeria o resto da roupa de, por exemplo, restos de comida. Com o tempo, o rufo virou sinônimo de status social e quanto maior mais nobre a pessoa era (e mal se mexia também, pois o acessório incomodava muito).

Com o desaparecimento dos rufos, começaram a surgir os modelos de gola mais próximos do que conhecemos hoje. Só que mesmo assim elas eram extremamente altas e rígidas. Até o início dos anos 1800 elas tinham um acabamento super engomado, tornava-as afiadas ao ponto de cortarem as orelhas dos homens. O tempo foi passando e em 1929, René Lacoste criou uma camisa – a famosa pólo – para a prática do tênis com colarinho levantado para evitar queimaduras de Sol. Mas foi só quando as tais pólos começaram a sair das quadras para as ruas, que as pessoas começaram a usar as golas abaixadinhas. Hoje a gola é utilizada de diversas maneiras, vai depender da moda do momento.

Foi em 1926 que a primeira camisa pólo surgiu. René Lacoste criou o modelo para jogar tênis, já que as camisas da época não permitiam movimentos muito amplos, eram de mangas compridas e com botões até o pescoço. O conforto foi o que impulsionou o tenista a desenvolver a camisa pólo, feita de Piquet, material mais arejado que o algodão, com mangas curtas e com a famosa gola pólo, que conferia um conforto maior na hora de se movimentar, e até mesmo transpirar.

Mas, foi apenas em 1933, depois que René Lacoste se aposentou das quadras que a camisa passou a ser comercializada, pela marca criada por ele e André Gillier, a Lacoste.
As primeiras peças de roupa Lacoste tinham o logo do jacaré bordados no canto direito da camisa.
Além dos tenistas profissionais adotarem o modelo, outros esportistas também resolveram aderir à moda, golfistas e jogadores de pólo mesmo.

Os jogadores de pólo também têm uma historia quando o assunto é criar camisas para jogar. Os Brooks Brothers criaram no final do século XIX uma camisa com uma gola mais confortável para os jogadores em campo, mas isso foi antes deles conhecerem a camisa pólo de Lacoste, que foi adotada para os jogos em substituição da velha camisa dos Brooks Brothers.
Mais tarde, Ralph Lauren em 1972 criou o seu modelo de camisa pólo baseado nas usadas nos jogos de pólo, só que com o logo de um jogador em cima de um cavalo. Apesar desse modelo de roupa ter sido criado por Lacoste, Ralph Lauren foi quem na verdade foi quem fixou o nome da camisa como pólo, que antes era chamada de tênis shirt. As roupas da marca Ralph Lauren não mais remetem à esse clima esportivo, mas permaneceram ainda extremamente populares. 

Outra marca que também possui uma tradição de camisas pólo é a inglesa Fred Perry, que deu um status hype à esse modelo clássico com a coleção desenvolvida em parceria com a cantora Amy Winehouse.

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Fonte: Internet

Fotos: Reprodução